domingo, 9 de março de 2008

Carta a Secretária da Educação de São Paulo

Saudações caros "aventureiros " do Tempo Perdido, a carta abaixofoi um mensagem enviada por mim a Secretária de Educação do de São após a retiradade um adicional do salário de milhares de professore, inclusive eu. A atitude do governo paulista revela a total falta de preucupação com os professores do Estadode São Paulo, detalhe foram retirados 20% do nosso salário sem o minímo aviso prévio:

Exma. Sra. Secretária da Educação do Estado de São Paulo, Maria Helena Guimarães

Venho por meio deste e-mail, externar minha consternação com os últimos acontecimentos do início do ano letivo. Ao voltarmos das férias fomos surpreendidos com a retirada do A.L.E de nossa escola, ficamos aturdidos pois nossa escola encontra-se em uma área da alta vunerabilidade social, onde os problemas com drogas e violência são cotidianos, posso atestar isso pois residi no bairro 25 anos de minha vida e estudei na escola onde hoje leciono. Além das questões sociais, o que também credencia nossa escola ao adicional é a distância em relação a diversos bairros de nossa cidade, haja vista que nossa cidade cresce assustadoramente e o custo de transporte acompanha esse crescimento e muitos professores são obrigados a deslocar-se distâncias grandes arcando com os custos, já que nosso auxílio transporte é mínimo ou inexistente.
Mas o que mais nos causou indignação foi a maneira abrupta, sem aviso, como foi retirado o A.L.E, pois assim como qualquer trabalhador merecíamos no mínimo um aviso, já que contamos com esse dinheiro para fazer face às nossas despesas (aluguel, prestações, financiamentos etc.) e está sendo uma situação de difícil gestão que está levando ao desespero e ao enfurecimento não só meu, mas de diversos colegas, como a senhora e sua acessoria já devem ter percebido após os vários e-mails que temos enviado.
O que mais impressiona nesta triste situação de descaso com o corpo docente não só de nossa escola como das demais de onde o A.L.E foi retirado, é a aparente insensiblidade da secretaria somada à incompetência política em perceber a tamanha insatisfação que a tal malfadada atitude teria na rede. Desculpe-me a sinceridade, mas nem na ditadura militar os governantes eram capazes de um erro de avaliação tão sério em relação ao funcionalismo. Encerro esta mensagem com a esperança de que a senhora reveja os critérios sobre A.L.E, e com uma sugestão: é politicamente mais lucrativa para o governo a incorporação do beneficio a todas as escolas da rede, do que ter que lidar com pessoas que até então nunca se manifestaram contra a política da Secretaria. Seus antecessores parece-me que foram mais sábios ao lidar com a classe docente do Estado de São Paulo.


Obrigado pela atenção,

Prof. Rogério Fernando Clementino de Alvarenga.
E.E. Prof. Dr. Oscar de Moura Lacerda- Ribeirão Preto – São Paulo

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